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HISTÓRIA DO CANGAÇO
O Cangaço foi um fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século XIX ao início do século XX. O cangaço tem suas origens em questões sociais e fundiárias do Nordeste brasileiro, caracterizando-se por ações violentas de grupos ou indivíduos isolados: assaltavam fazendas, seqüestravam coronéis (grandes fazendeiros) e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo.
O Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços esporádicos para os latifundiários; os “políticos”, expressão de poder dos grandes fazendeiros; e os cangaceiros independentes, com características de banditismo.
Os cangaceiros conheciam a caatinga e o território nordestino muito bem, e por isso, era tão difícil serem capturados pelas autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação. Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.
O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, “Jesuíno Brilhante”, que agiu por volta de 1870. E o último foi de “Corisco” (Cristino Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em 25 de maio de 1940.
O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião“, denominado o “Senhor do Sertão” e também “O Rei do Cangaço”. Atuou durante as décadas de 20 e 30 em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro.
Por parte das autoridades Lampião simbolizava a brutalidade, o mal, uma doença que precisava ser cortada. Para uma parte da população do sertão ele encarnou valores como a bravura, o heroísmo e o senso da honra.
O cangaço teve o seu fim a partir da decisão do Presidente da República, Getúlio Vargas, de eliminar todos e qualquer foco de desordem sobre o território nacional. O regime denominado Estado Novo incluiu Lampião e seus cangaceiros na categoria de extremistas. A sentença passou a ser matar todos os cangaceiros que não se rendessem.
No dia 28 de julho de 1938 na localidade de Angicos, no estado de Sergipe, Lampião finalmente foi apanhado em uma emboscada das autoridades, que excerceram corretamente a justiça, onde foi morto junto com sua mulher, Maria Bonita e mais nove cangaceiros.
Esta data veio a marcar o final do cangaço pois a partir da repercussão da morte de Lampião os chefes dos outros bandos existentes no nordeste brasileiro vieram a se entregar às autoridades policiais para não serem mortos.
História
Consta que o primeiro cangaceiro teria sido o “Cabeleira” (José Gomes), líder nascido em Glória do Goitá – cidade da zona da mata pernambucana – em 1751, que aterrorizou a região, inclusive, Recife. Mas foi somente no final do século XIX que o cangaço ganhou força e prestígio, principalmente com “Antônio Silvino”, “Lampião” e “Corisco”. Entre meados do século XIX e início do século XX, o Nordeste do Brasil viveu momentos difíceis, atemorizado por grupo de homens que espalhava o terror por onde andava: os cangaceiros, bandidos que abraçaram a vida nômade e irregular de malfeitores por motivos diversos.
Alguns deles foram impelidos pelo despotismo de homens poderosos.
Um famoso cangaceiro foi “Lampião”. Os cangaceiros conseguiram dominar o sertão durante muito tempo, porque eram protegidos de “coronéis”, que se utilizavam dos cangaceiros para cobrança de dívidas, entre outros serviços “sujos”.
Um caso particular foi o de Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, que agiu no sudeste do Brasil, no início do século XIX, tendo sido considerado justiceiro e honrado por uns e cangaceiro por outros.
Fonte:
– http://pt.wikipedia.org
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